Quem ganha e quem perde com a reforma tributária que vai mexer com o Imposto de Renda
Uma nova parte da reforma tributária foi apresentada ao Governo no dia 25 de junho, tendo como princípio, dentre outras coisas, o combate à sonegação, a redução de distorções, o fim de privilégios e o aumento de investimentos e da empregabilidade. Ela possui três frentes de mudanças: pessoas físicas, pessoas jurídicas e investimentos financeiros.
Segundo o Ministério da Economia, a Reforma propõe a correção de distorções históricas que contribuíram para transformar o sistema tributário brasileiro em dos mais injustos, complexos e ineficientes do mundo.
Você pode estar se perguntando: essa mudança implica em pagar mais ou menos tributos?
Se for aprovada do jeito que foi apresentada, a proposta de reforma tributária no Imposto de Renda (IR) terá impactos positivos para os contribuintes de menor renda e para os pequenos investidores. Já a parcela da classe média que não poderá mais entregar a declaração simplificada do Imposto de Renda Pessoa Física e os grandes investidores sentirão mais o peso da carga tributária. Vale lembrar que a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso e está sujeita a alterações.
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a ampliação da faixa de isenção do IR – que passou de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil nesta segunda etapa da reforma – é positiva, pois desde 2015 a tabela não era corrigida. “As faixas de tributação carregavam uma defasagem muito grande.
Por outro lado, o Ministério da Economia propôs limitações nas declarações simplificadas do IRPF. Hoje, qualquer contribuinte pode escolher se quer entregar a declaração simples ou completa, de acordo com o que for mais vantajoso para a sua dedução. Mas, se a reforma passar, apenas os contribuintes com rendimentos abaixo de R$ 40 mil anuais (pouco mais de R$ 3 mil por mês) poderão optar pela declaração simplificada. Quem ultrapassar a faixa dos R$ 40 mil será obrigado a entregar a declaração completa.
Em outras palavras, quem tinha o costume de entregar uma declaração simplificada vai ter a sensação de perda tributária, porque não vai haver mais a possibilidade de usufruir dessa simplificação. A tendência é que quem apresentava a declaração simplificada receba a restituição do IR menor ou até tenha um saldo a pagar, caso não tenha despesas dedutíveis para compensar. Gastos com saúde, educação e dependentes são dedutíveis.
Fonte: Mapah